Luzes do passado: a centelha da Energia Elétrica
Se mergulharmos até a origem da energia elétrica, vamos encontrar uma história que começa num passado distante, mas que inegavelmente continua moldando nossos passos até hoje.
Se mergulharmos até a origem da energia elétrica, vamos encontrar uma história que começa num passado distante, mas que inegavelmente continua moldando nossos passos até hoje.
A faísca inicial
No entardecer da Idade Moderna, a humanidade começou a perceber os fascinantes fenômenos elétricos. O âmbar, esfregado em uma mão, atraía pequenos objetos, revelando uma energia invisível. Séculos de experimentação se seguiram, culminando no trabalho de grandes mentes como Benjamin Franklin, Alessandro Volta e Michael Faraday.
No entanto, a verdadeira revolução estava prestes a acontecer no final do século XIX, quando Thomas Edison e Nikola Tesla – dois gênios de correntes elétricas diferentes – competiram para iluminar o mundo.
A corrida luminosa de Edison e Tesla
Edison, o mago da corrente contínua (CC), brilhava com suas lâmpadas incandescentes. Seu trabalho incansável em criar uma rede de distribuição de eletricidade trouxe a luz para as cidades, mudando a vida noturna e revolucionando a indústria.
Enquanto isso, Tesla, o visionário da corrente alternada (CA), defendia um sistema mais eficiente e adaptável. Sua batalha com Edison foi um capítulo crucial na história da energia elétrica, com a CA emergindo como a vencedora, devido à sua capacidade de transmitir eletricidade a longas distâncias.
Brasil, terra das cachoeiras elétricas
A eletricidade, entretanto, não foi uma novidade apenas nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, país com inúmeras quedas d'água, a energia elétrica começou a despontar quase no final do século XIX. A primeira usina hidrelétrica foi construída em 1883, na cidade de Diamantina, Minas Gerais, marcando o início da era elétrica no país.
A geração de eletricidade a partir das cachoeiras brasileiras provou ser um impulso vital para o desenvolvimento do país. As usinas hidrelétricas, como a famosa Usina de Itaipu, tornaram-se fontes vitais de energia para as cidades e indústrias do Brasil.
O impacto transformador da eletrificação
À medida que as redes de energia elétrica se expandiam pelo Brasil, as luzes brilhavam mais intensamente. A eletrificação trouxe um novo nível de conforto e modernidade, elevando a qualidade de vida das pessoas. As fábricas operavam dia e noite, as cidades nunca dormiam, e o Brasil entrava na era industrial com a ajuda da eletricidade.
O Brasil do século XXI: energia para o futuro
Hoje, o Brasil é um dos líderes mundiais na geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, especialmente a hidroeletricidade. Projetos de energia solar e eólica também ganham força, ajudando a diversificar a matriz energética do país e torná-la mais sustentável. O Brasil, com toda sua história na utilização da energia, continua a iluminar o caminho para um amanhã mais próspero e sustentável.
Se hoje a fonte Solar Fotovoltaica tem uma expressiva participação de 20,2% na matriz elétrica brasileira, é interessante notar que, em 2016, essa participação era de 0%. Ainda mais impressionante é que, desses 20,2%, 13,7% vêm da Geração Distribuída, ou seja, daquela energia que os próprios consumidores geram próximo aos pontos de consumo, como em residências e empresas.
Nesta jornada pela história da energia elétrica, podemos ver claramente como uma faísca de criatividade e inovação acende uma revolução que atravessa gerações. A eletricidade, mais do que uma simples corrente, foi o fio condutor do progresso humano até aqui. No Brasil, essa história ainda está em construção, iluminando nosso caminho para o futuro. No próximo artigo, mergulharemos mais fundo no tema da Geração Distribuída e seu papel transformador, mostrando como consumidores estão se tornando protagonistas no cenário energético.
Por Sandro Romero
Revisão técnica: Flavio Abreu
Data: 04/11/2024
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